Se bem nos lembramos, há algumas postagens atrás falamos de música...da boa música de Gabriel Sater. Hoje é muito bom poder dizer que temos mais novidades a respeito desse grande violonista: é uma honra para nós desse blog e também do blog da Loira do Bem, podermos postar, aqui, lá e também nas comunidades relativas ao músico, uma entrevista exclusiva e oficial concedida aos fãs e amigos internautas! Na entrevista, que será publicada em várias partes, Gabriel nos fala a respeito de sua carreira, de planos para o futuro e também de assuntos corriqueiros como seus gostos pessoais e idéias sobre a vida cotidiana, respondendo a dúvidas de fãs desse Brasil afora, por onde já se apresentou. Curiosos? Juntem-se a nós e mergulhem nas idéias de Gabriel Sater, na parte I de nossa entrevista...
- Gabriel Sater esteve recentemente em turnê pela Europa, depois de tocar por várias regiões brasileiras, divulgando seu trabalho rico em composições suas e também de outros profissionais. Ao ser perguntado sobre sua experiência lá fora e também sobre quais seriam as diferenças mais marcantes entre os públicos de lá e de cá, eis a resposta: “Sempre foi um sonho tocar na Europa. Devo esta realização a minha nova produtora: Bravo Expedições, que em parceria com a GAS Produções, tem cada vez mais me surpreendido por sua competência e dedicação.
Pessoalmente, sinto uma maior diferença em tocar para o público dentro do meu estado natal e para os de fora dele. Digo isso porque a música sul-matogrossense tem uma fórmula muito especial, que cativa muito as pessoas de outros estados e países pela sua singularidade dentro da MPB. A música do Mato Grosso do Sul soa muito natural para quem foi criado ou tem raízes lá, mas para os demais ela é uma música totalmente inusitada, autêntica, diferente de tudo, e posso perceber isso na reação de admiração do público.”
– As composições deste violonista são caracterizadas por um estilo próprio e inusitado, que mostra uma marca pessoal que admira a crítica. Ao compor, onde você busca inspiração, Gabriel?
“Neste tempo em que vivemos, procuro permanecer sensível a tudo que acontece todos os dias ao meu redor. Dou muito valor às coisas simples da vida, como um lindo amanhecer, ler um livro, ver um filme, jantar com a família e amigos. Adoro as tempestades de janeiro na fazenda. Confesso que ficar tocando naquelas noites chuvosas com raios luminosos é algo que sempre me ajuda na busca interior por novas melodias. Muitas vezes surgem músicas que, são criadas inteiramente naquele momento; o que chamo de: “momentos mágicos”. Em contrapartida, ao apenas se esperar uma inspiração, dias podem passar sem nada acontecer, por isso acredito que estar em contato com o instrumento diariamente é essencial para minha forma de compor e arranjar.”
– Gabriel Sater já teve a oportunidade de compartilhar o palco com muitos outros músicos e amigos de sua região e também de locais e estilos bem diferentes. Será que há algum artista com quem deseja muito tocar, em especial? Ele nos revela... “Uma das coisas que mais gosto na minha profissão é conhecer novos músicos e estilos, poder aprender com tantas pessoas. Tocar com artistas que você particularmente admira é algo maravilhoso. Agradeço por ter conhecido e tocado com estes músicos que sempre me inspiraram, cada um da sua maneira. Tem tanta gente boa que é difícil falar todos, mas quero poder tocar com muita gente ainda, Deus me ajude, pois quem ganha é a música.”
– A maioria dos instrumentistas e cantores têm técnicas, hábitos e até mesmo superstições para permanecerem concentrados e em perfeita sintonia consigo mesmos no momento de iniciar uma apresentação. Sobre isso, Gabriel nos fala que gosta de realmente se preparar para cada show, sempre com muito amor e respeito ao público. Para isso, dedica-se muito para evoluir e se apresentar cada vez melhor. E acrescenta: “Procuro gravar todas as apresentações para posteriormente analisar tudo o que pode ser melhorado. Ninguém é perfeito, por isso precisamos realçar nossas qualidades e buscar aperfeiçoamento nas nossas dificuldades.
Cada músico tem sua forma de se concentrar. Eu procuro descansar bem antes de cada e evento, ensaiar muito com a banda. Aquecer bem a voz e os dedos sempre ajuda bastante. Muita água o dia inteiro. Nunca tomo nada gelado ou leite antes de cantar. Queria deixar claro, que esta é a minha forma, pois cada músico sabe como melhor se preparar.”
– Sua cor predileta? “Azul”.
– Um bicho? “Meu cachorro Torito”.
- Um grande cantor(a) e/ou compositor(a)?
“Pat Metheny, Milton Nascimento, Almir Sater, Vicente Amigo, Gilberto Gil, Richard Bona, Tom Jobim, Cristiano Kotlinski, Fernando D’andrea, Chico Buarque, Paulo Simões, Joe Zawinul, Paco De Lucia, Família Espíndola, Gonzalo Rubalcaba, Juanjo Dominguez, Mercedes Soza, Astor Piazzolla, Yamandú Costa, Bob Macferrin, John Maclaughin, Pedro Aznar, Djavan, Giselle Sater, João Bosco, Maria Bethania, Hamilton de Hollanda, Elis Regina, Paranga, Guilherme Rondon. Tem muita gente boa, por isso sei que estou esquecendo alguém!” (risos).
– As influências para o trabalho de Gabriel são das mais variadas. Mas e fora do ambiente de trabalho, quando não está necessariamente buscando influências, o que você gosta de escutar, Gabriel?
“Escuto de tudo mesmo, sou muito eclético. Adoro MPB. Estou sempre em busca de novidades. Hoje, por exemplo, escutei Maria Rita, Roberta Sá, Diane Krall, John Mayer, John Pizzarelli, Spok Frevo, Banda Mantiqueira, James Taylor, Elpídio dos Santos. Cada dia eu acordo com vontade de escutar algo diferente, isso acaba refletindo na hora de tocar. Adoro aprender sobre cada novidade, cada estilo.”
– Quando questionado sobre fatos ou acontecimentos que geralmente tiram sua paciência e o deixam irritado, o violonista acaba por nos mostrar, também, sua visão política da atual situação em que se encontra de seu estado: “Procuro ao máximo não me irritar, mas não é fácil. Injustiças de um modo generalizado, falsidades freqüentes, pessoas corruptas que tiram o pão de tantas famílias. Sou muito otimista, mas tem dias que leio o jornal e não me faz bem.
Também fico chateado com a desvalorização dos artistas no meu Estado, mas quero deixar claro que sou grande admirador do trabalho do nosso governador, e que minha queixa é especificamente direcionada a parte relacionada à Cultura, que acaba valorizando muito mais os artistas de fora do estado e preterindo os artistas locais que com tanta dificuldade carregam a bandeira da cultura sul-matogrossense. Sou fã de Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul, pois eles têm esta política de valorização de seus artistas no coração. Esta nova gestão não manteve o nível de incentivo à cultura que vinha fazendo no passado, e prova disso são os comentários e queixas de grandes músicos e amigos que conheço e amam este lugar.” – OK, Gabriel. Está dado o recado!
– Mas e algo que realmente o deixa feliz? Veja o que ele nos diz:
“Um dia produtivo com novas idéias. Chegar de um dia de gravação no estúdio e ouvir o trabalho realizado, ou mesmo um bom show. As amizades verdadeiras e o apoio das pessoas que amamos. O carinho que venho recebendo de fãs e admiradores do meu trabalho nestes últimos anos. Tudo isso é sempre muito gratificante e inspirador, me faz seguir adiante com perseverança.”
...Gostos pessoais, grandes amores, seu time de futebol, sua relação com os fãs, a certeza ao decidir sua carreira como músico e até mesmo suas melhores lembranças da infância, vocês conferem na segunda parte de nossa entrevista a ser postada muito em breve!!! Aguardem! ;D
Espero que tenham gostado, por hora! Uma ótima semana a todos, repleta de luz, tranquilidade e música boa!
Um beijo!
Aninha ;***
- Gabriel Sater esteve recentemente em turnê pela Europa, depois de tocar por várias regiões brasileiras, divulgando seu trabalho rico em composições suas e também de outros profissionais. Ao ser perguntado sobre sua experiência lá fora e também sobre quais seriam as diferenças mais marcantes entre os públicos de lá e de cá, eis a resposta: “Sempre foi um sonho tocar na Europa. Devo esta realização a minha nova produtora: Bravo Expedições, que em parceria com a GAS Produções, tem cada vez mais me surpreendido por sua competência e dedicação.
Pessoalmente, sinto uma maior diferença em tocar para o público dentro do meu estado natal e para os de fora dele. Digo isso porque a música sul-matogrossense tem uma fórmula muito especial, que cativa muito as pessoas de outros estados e países pela sua singularidade dentro da MPB. A música do Mato Grosso do Sul soa muito natural para quem foi criado ou tem raízes lá, mas para os demais ela é uma música totalmente inusitada, autêntica, diferente de tudo, e posso perceber isso na reação de admiração do público.”
– As composições deste violonista são caracterizadas por um estilo próprio e inusitado, que mostra uma marca pessoal que admira a crítica. Ao compor, onde você busca inspiração, Gabriel?
“Neste tempo em que vivemos, procuro permanecer sensível a tudo que acontece todos os dias ao meu redor. Dou muito valor às coisas simples da vida, como um lindo amanhecer, ler um livro, ver um filme, jantar com a família e amigos. Adoro as tempestades de janeiro na fazenda. Confesso que ficar tocando naquelas noites chuvosas com raios luminosos é algo que sempre me ajuda na busca interior por novas melodias. Muitas vezes surgem músicas que, são criadas inteiramente naquele momento; o que chamo de: “momentos mágicos”. Em contrapartida, ao apenas se esperar uma inspiração, dias podem passar sem nada acontecer, por isso acredito que estar em contato com o instrumento diariamente é essencial para minha forma de compor e arranjar.”
– Gabriel Sater já teve a oportunidade de compartilhar o palco com muitos outros músicos e amigos de sua região e também de locais e estilos bem diferentes. Será que há algum artista com quem deseja muito tocar, em especial? Ele nos revela... “Uma das coisas que mais gosto na minha profissão é conhecer novos músicos e estilos, poder aprender com tantas pessoas. Tocar com artistas que você particularmente admira é algo maravilhoso. Agradeço por ter conhecido e tocado com estes músicos que sempre me inspiraram, cada um da sua maneira. Tem tanta gente boa que é difícil falar todos, mas quero poder tocar com muita gente ainda, Deus me ajude, pois quem ganha é a música.”
– A maioria dos instrumentistas e cantores têm técnicas, hábitos e até mesmo superstições para permanecerem concentrados e em perfeita sintonia consigo mesmos no momento de iniciar uma apresentação. Sobre isso, Gabriel nos fala que gosta de realmente se preparar para cada show, sempre com muito amor e respeito ao público. Para isso, dedica-se muito para evoluir e se apresentar cada vez melhor. E acrescenta: “Procuro gravar todas as apresentações para posteriormente analisar tudo o que pode ser melhorado. Ninguém é perfeito, por isso precisamos realçar nossas qualidades e buscar aperfeiçoamento nas nossas dificuldades.
Cada músico tem sua forma de se concentrar. Eu procuro descansar bem antes de cada e evento, ensaiar muito com a banda. Aquecer bem a voz e os dedos sempre ajuda bastante. Muita água o dia inteiro. Nunca tomo nada gelado ou leite antes de cantar. Queria deixar claro, que esta é a minha forma, pois cada músico sabe como melhor se preparar.”
– Sua cor predileta? “Azul”.
– Um bicho? “Meu cachorro Torito”.
- Um grande cantor(a) e/ou compositor(a)?
“Pat Metheny, Milton Nascimento, Almir Sater, Vicente Amigo, Gilberto Gil, Richard Bona, Tom Jobim, Cristiano Kotlinski, Fernando D’andrea, Chico Buarque, Paulo Simões, Joe Zawinul, Paco De Lucia, Família Espíndola, Gonzalo Rubalcaba, Juanjo Dominguez, Mercedes Soza, Astor Piazzolla, Yamandú Costa, Bob Macferrin, John Maclaughin, Pedro Aznar, Djavan, Giselle Sater, João Bosco, Maria Bethania, Hamilton de Hollanda, Elis Regina, Paranga, Guilherme Rondon. Tem muita gente boa, por isso sei que estou esquecendo alguém!” (risos).
– As influências para o trabalho de Gabriel são das mais variadas. Mas e fora do ambiente de trabalho, quando não está necessariamente buscando influências, o que você gosta de escutar, Gabriel?
“Escuto de tudo mesmo, sou muito eclético. Adoro MPB. Estou sempre em busca de novidades. Hoje, por exemplo, escutei Maria Rita, Roberta Sá, Diane Krall, John Mayer, John Pizzarelli, Spok Frevo, Banda Mantiqueira, James Taylor, Elpídio dos Santos. Cada dia eu acordo com vontade de escutar algo diferente, isso acaba refletindo na hora de tocar. Adoro aprender sobre cada novidade, cada estilo.”
– Quando questionado sobre fatos ou acontecimentos que geralmente tiram sua paciência e o deixam irritado, o violonista acaba por nos mostrar, também, sua visão política da atual situação em que se encontra de seu estado: “Procuro ao máximo não me irritar, mas não é fácil. Injustiças de um modo generalizado, falsidades freqüentes, pessoas corruptas que tiram o pão de tantas famílias. Sou muito otimista, mas tem dias que leio o jornal e não me faz bem.
Também fico chateado com a desvalorização dos artistas no meu Estado, mas quero deixar claro que sou grande admirador do trabalho do nosso governador, e que minha queixa é especificamente direcionada a parte relacionada à Cultura, que acaba valorizando muito mais os artistas de fora do estado e preterindo os artistas locais que com tanta dificuldade carregam a bandeira da cultura sul-matogrossense. Sou fã de Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul, pois eles têm esta política de valorização de seus artistas no coração. Esta nova gestão não manteve o nível de incentivo à cultura que vinha fazendo no passado, e prova disso são os comentários e queixas de grandes músicos e amigos que conheço e amam este lugar.” – OK, Gabriel. Está dado o recado!
– Mas e algo que realmente o deixa feliz? Veja o que ele nos diz:
“Um dia produtivo com novas idéias. Chegar de um dia de gravação no estúdio e ouvir o trabalho realizado, ou mesmo um bom show. As amizades verdadeiras e o apoio das pessoas que amamos. O carinho que venho recebendo de fãs e admiradores do meu trabalho nestes últimos anos. Tudo isso é sempre muito gratificante e inspirador, me faz seguir adiante com perseverança.”
...Gostos pessoais, grandes amores, seu time de futebol, sua relação com os fãs, a certeza ao decidir sua carreira como músico e até mesmo suas melhores lembranças da infância, vocês conferem na segunda parte de nossa entrevista a ser postada muito em breve!!! Aguardem! ;D
Espero que tenham gostado, por hora! Uma ótima semana a todos, repleta de luz, tranquilidade e música boa!
Um beijo!
Aninha ;***
2 comentários:
supimpa meninas,Parabéns,confesso que já estou aqui roendo as unhas,para ler a segunda parte.
um detalhe: não consigo deixar em duas letras coloridas no meu blog
beijos proceis e Iluminados,
Que lindo o filho do Almir Sater,Acabei de vê-lo cantar na Tv Cultura, no programa da Inesita, só podia ser filho desse amado violeiro, que tive o prazer de vê-lo, lá no Pantanal.
Muito sucesso para o Gabriel, que tem uma voz tão linda quando a do Pai.
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