BEM VINDOS

Muitas vezes não conseguimos compartilhar com as pessoas que nos são caras, todas coisas que vemos,
sentimos ou recebemos.São pedaços de vida e sentimentos recolhidos aqui e ali.
Este Blog não tem outras pretensões, senão partilhar textos, mensagens, músicas e poemas com quem acessá-lo.
São meus, são seus e de todos dispostos a partilhá-los.Sinta-se à vontade se quiser comentar, a casa é sua.
Luz e Paz Profunda! Eliana Maria

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terça-feira, novembro 14, 2006

ESTATURA ESPIRITUAL

Quando alguém nos pergunta sobre a nossa estatura, logo informamos quanto temos de altura.
Mas se alguém nos perguntar sobre a nossa estatura espiritual, o que diremos?
Talvez você nunca tenha pensado nisso, mas a estatura espiritual é a nossa real dimensão.
O notável poeta português Fernando pessoa escreveu, numa de suas poesias:
porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura...
Eu sou do tamanho do que vejo, eis os parâmetros para saber nossa real estatura.
Como você observa o mundo? De que maneira age em seu âmbito de influência?
Como trata as questões do universo em que se movimenta?
As respostas a essas perguntas ajudam a dimensionar sua estatura espiritual.
Se você observa o mundo de um ponto de vista abrangente, que contempla mais
do que seu próprio lar, seu emprego, seus familiares e seus amigos, tem uma boa estatura.
Se em seu âmbito de influência você prioriza sempre e incondicionalmente o
bem geral, a nobreza das iniciativas, a importância de cada pessoa envolvida no contexto, você é grande.
Se nas decisões que lhe cabem você sempre leva em conta o esforço, a dedicação, a intencionalidade de

quem lhe apresenta um projeto, uma nova idéia, uma sugestão, você tem uma ótima estatura.
Se trata com a mesma consideração e respeito todas as pessoas, se não
discrimina ninguém, se não faz pré-julgamentos e age sempre com justiça, você é gigante.
Mas..., se seu mundo se resume nos seus próprios interesses e nos de seus
familiares, do seu time de futebol, do seu partido político, da sua religião...
Se você rejeita projetos novos que lhe são apresentados, sugestões ou opiniões que venham de pessoas

que você não estima, ou ofereçam algum risco aos seus interesses pessoais...
Se age de acordo com as suas conveniências, da de seus correligionários, dos
que pensam como você, então você tem estatura espiritual de pigmeu.
Existem pessoas que não conseguem vislumbrar os verdadeiros valores da vida, porque sua estatura espiritual é mínima.
São essas as pessoas que sentem inveja, ciúmes, e não suportam ver os outros felizes.
Por causa da sua miopia espiritual, não admitem o bem realizado por um
indivíduo que torce para o time adversário, professa uma fé diferente da sua ou tem idéias divergentes.
Ainda que trabalhem na mesma corporação, professem a mesma fé, ou sejam do mesmo partido político, esses pigmeus não aceitam as boas idéias, simplesmente porque não são suas.
Essa é uma visão muito limitada, e é por isso que vivemos num mundo ainda problemático,

do ponto de vista ético-moral.
Quando nossos horizontes se ampliarem, e a nossa visão for bem maior que a
nossa altura, então formaremos uma nação onde a felicidade poderá fazer morada.
Pessoas que têm uma visão abrangente da vida são as que fazem o bem pelo bem, e não por

conveniência ou interesses escusos.
Valorizam as boas iniciativas por elas mesmas, e não pelas pessoas envolvidas.
O bem geral passa a ser a meta, e quem quer que deseje unir forças para
realizá-lo será bem-vindo, como um verdadeiro irmão.
E agora, você já sabe responder qual é a sua real estatura?
Lembre-se de que você é do tamanho do que vê e não do tamanho da sua altura...

TC 14/10/2006
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

sexta-feira, novembro 10, 2006

A GRAVE PROBLEMÁTICA DA CORRUPÇÃO

Conforme o dicionário, corrupção é adulterar, corromper, estragar, viciar-se.
Nos dias em que vivemos, muito se tem falado a respeito da corrupção.

E, quase sempre, direcionando as setas para os poderes públicos.
Pensamos que corrupção esteja intimamente ligada aos que exercem o poder público.
Ledo engano. Está de tal forma disseminada entre nós, que, com certeza,
muito poucos nela não estejamos enquadrados. Vejamos alguns exemplos.
Quando produzimos algo com qualificação inferior, para auferir maiores
lucros, e vendemos como de qualidade superior, estamos sendo corruptos.
Quando adquirimos uma propriedade e, ao procedermos a escrituração,
adulteramos o valor, a fim de pagar menos impostos, estamos disseminando corrupção.
Ao burlarmos o fisco, não pedindo ou não emitindo nota fiscal, estamos nos permitindo a corrupção.
Isso tem sido comum, não é mesmo? É como se houvesse, entre todos, um
contrato secretamente assinado no sentido de eu faço, todos fazem e ninguém conta para ninguém.
Com a desculpa de protegermos pessoas que poderão vir a perder seus
empregos, não denunciamos atos lesivos a organizações que desejam ser sérias.
Atos como o do funcionário que se oferece para fazer, em seus dias de folga,
o mesmo serviço, a preço menor, do que aquele que a empresa a que está vinculado estabelece.
Ou daquele que orienta o cliente, no próprio balcão, entregando cartões de
visita, a buscar produto de melhor qualidade e melhor preço, segundo ele, em loja de seu parente ou conhecido.
Esquece que tem seu salário pago pelos donos da empresa para quem deveria estar trabalhando, de verdade.
Desviando clientes, está desviando a finalidade da sua atividade, configurando corrupção.
Corrupção é sermos pagos para trabalhar oito horas e chegarmos atrasados, ou sairmos antes, pedindo que colegas passem o nosso cartão pelo relógio eletrônico.
É conseguir atestados falsos, de profissionais igualmente corruptos, para justificar nossa ausência do local de trabalho, em dias que antecedem feriados.
Desvio de finalidade: deveríamos estar trabalhando, mas vamos viajar ou passear.
É promovermos a quebra ou avaria de algum equipamento na empresa, a fim de termos algumas horas de folga.
É mentirmos perante as autoridades, desejando favorecer a uns e outros em processos litigiosos. Naturalmente, para ser agradáveis a ditos amigos que, dizem, quando precisarmos, farão o mesmo por nós.
Corrupção é aplaudir nosso filho que nos apresenta notas altas nas matérias,
mesmo sabendo que ele as adquiriu à custa de desavergonhada cola.
E que dizer dos que nos oferecemos para fazer prova no lugar do outro?

Ou realizar toda a pesquisa que a ele caberia fazer?
Sério, não?
Assim, a partir de agora, passemos a examinar com mais vagar tudo que fazemos.
Mesmo porque, nossos filhos têm os olhos postos sobre nós e nossos exemplos sempre falarão mais alto do que nossas palavras.
Desejamos, acaso, que a situação que vivemos em nosso país tenha prosseguimento?
Ou almejamos uma nação forte, unida pelo bem, disposta a trabalhar para
progredir, crescer em intelecto e moralidade?
Em nossas mãos, repousa a decisão.
Se desejarmos, podemos iniciar a poda da corrupção hoje mesmo, agora.
E se acreditamos que somente um de nós fazendo, tudo continuará igual, não é verdade.

Os exemplos arrastam.
Se começarmos a campanha da honestidade, da integridade, logo mais os corruptos sentirão vergonha.
Receberão admoestações e punições, em vez de aplausos.
E, convenhamos, se não houver quem aceite a corrupção, ela morrerá por si mesma.
Pensemos nisso. E não percamos tempo.

Equipe de Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, novembro 02, 2006

NECESSIDADE DE REFORMA

Vivemos tempos tormentosos.
Há guerras em várias partes do mundo.
Em nosso país, o cenário político e social é desolador.
Entre denúncias de corrupção e de venalidade, resta pouca fé nos homens públicos.
A impunidade instiga novos desmandos.
O povo se mira nas figuras eminentes e procura encontrar no comportamento
destas, justificativa para seus próprios equívocos.
Levar vantagem parece um objetivo que se generaliza pelo corpo social.
A idéia do sucesso como resultado de um esforço continuado e metódico torna-se pouco sedutora.
O famoso "jeitinho brasileiro" não mais significa criatividade, mas esperteza e falta de caráter.
Muitos se indagam: Haverá futuro para uma sociedade assim constituída?
A história nos fornece inúmeros exemplos de civilizações que se corromperam.
Em Roma, no período do Império, os costumes e os valores degeneraram.
O filósofo e jurista Marco Túlio Cícero era profundamente angustiado com esse estado de coisas.
Deixou inúmeros escritos que denotam sua preocupação com a corrupção que
invadia a vida pública romana.
Ele se preocupava com medidas populistas freqüentemente adotadas pelos governantes.
Tais medidas atendiam a caprichos da multidão, mas sem educá-la ou destiná-la a trabalho útil.
Quem trabalhava era fortemente tributado, a fim de que largos benefícios fossem concedidos pelo estado.
Era, já naqueles tempos, a prática do assistencialismo, às custas dos contribuintes.
Mas o que mais indignava Cícero era a corrupção e a troca de favores envolvendo o dinheiro público.
Ao refletir sobre os vínculos fraternos, ele afirmou:

"A primeira lei da amizade é não pedir nem conceder nada de vergonhoso".
Disse ser uma desculpa indigna, em qualquer falta, admitir que se agiu em favor de um amigo.
Bem se percebe a semelhança com a situação brasileira atual.
Ainda vivemos sob o regime do compadrio.
O dinheiro público é rateado entre alguns, como se fosse particular.
A humanidade evoluiu muito sob o prisma intelectual e científico, nesses dois milênios.
Mas, embora alguns avanços, permanece titubeante no que tange à moralidade.
Em conseqüência, o mundo segue conturbado e carente de paz.
Na verdade, todos sofremos em razão da falta de ética.
A inadimplência faz com que os preços de produtos e serviços sejam maiores.
O desvio do dinheiro público dificulta a construção de creches, escolas e hospitais.
Se queremos viver num mundo melhor, devemos nos empenhar em promover uma reforma ética.
E toda mudança começa no indivíduo.
Para que a sociedade melhore, cada um deve esforçar-se em se aprimorar.
É imperativa a adoção de novos hábitos. Chega de procurar levar vantagem, de fugir dos próprios deveres.
Basta de mentir, fraudar, sonegar e trair. O patrimônio público é sagrado e todos são responsáveis por ele.
O dinheiro público não existe para ser apropriado por alguns, mas para atender demandas relevantes da coletividade. Impõe-se a severa fiscalização de sua utilização, como o cumprimento de um dever.
Quando formarmos uma sociedade consciente de seus deveres, apenas por isso já desfrutaremos de grande tranqüilidade.

Equipe de Redação do Momento Espírita